sexta-feira, 30 de junho de 2017

Náutico perde mais uma e fica a dez pontos do vice-lanterna.

A semana foi a mais positiva possível para o Náutico com pacificação política do clube, pagamento de salários aos atletas e promoção de ingressos, o que levou o maior público do clube alvirrubro à Arena de Pernambuco nesta Série B. Mas nem assim, o roteiro dentro de campo mudou.
Mostrando uma disposição compatível a já conhecida desorganização e a limitação técnica, o Timbu cavou ainda mais o buraco rumo à Série C do Campeonato Brasileiro, ao cair para o CRB por 1 a 0. A sua nona derrota em 11 jogos, na pior campanha da história da Série B, com apenas dois pontos. Terça-feira, o Náutico volta a campo contra o ABC, em Natal. E o primeiro desafio será arrumar ânimo para seguir em frente.
Primeiro tempo
Com o maior apoio da torcida nesta Série B, o Náutico entrou em campo com uma postura ofensiva, tendo no retorno do prata da casa Erick, recuperado de uma lesão no ombro, o seu maior trunfo. Porém, encontrou do outro lado um adversário melhor entrosado em campo e que, com isso, teve mais a posse de bola. Sendo assim, na disputa entre a disposição dos timbus e a melhor organização alagoana, o que sei viu foi um primeiro tempo movimentado e bom na Arena, apesar do placar em branco.
A forma como as melhores chances de gol de cada time aconteceram refletiu bem o desenho das duas equipes em campo. Pelo lado pernambucano, a oportunidade mais clara veio logo aos sete minutos, após o zagueiro Breno Calixto se arriscar em um subida pelo lado direito e cruzar para Vinícius cabecear na pequena área, parando em uma ótima defesa do goleiro Edson Kolln, ex-Santa Cruz.
A resposta do CRB veio após uma falha de cobertura do Náutico no rebote da entrada da área, típica de um time ainda em busca de um melhor posicionamento, com o atacante Zé Carlos mandando de primeira e a bola passando perto da trave direita de Tiago Cardoso. Por sinal, o lado esquerda da defesa alvirrubra, com o lateral Manoel e o zagueiro Aislan, parecia ser o mapa da mina dos alagoanos, quase sempre explorando um lançamento pelas costas dos timbus.
Já na parte ofensiva, o Náutico sentiu a falta de inspiração do meia Giovanni e também de Erick, que bem marcados, pouco produziram na primeira etapa. A exceção de um chute de fora da área, do camisa 10, já aos 41 minutos, e de um lançamento para Manoel chutar cruzado, e para fora, dado pela joia alvirrubra.
Segundo tempo
Para a etapa final, tanto Beto Campos, quanto Dado Cavalcanti mantiveram as mesmas formações. E logo com dois minutos, o Náutico conseguiu balançar as redes com Erick, mas o atacante estava à frente da defesa. Impedimento bem marcado pela arbitragem. O gol anulado, no entanto, foi o indício de que o time voltaria melhor,pressionando o CRB nos primeiros 15 minutos.
Após suportar a blitz inicial do Náutico, o time alagoano voltou a equilibrar a partida. Aos 19 minutos, Dado Cavalcanti colocou em campo o atacante Neto Baiano, antigo desafeto da torcida do timbu. A resposta de Beto Campos veio com Iago substituindo Vinícius, com o apagado Gilmar passando a atuar como centroavante. A mudança prejudicou a equipe, que perdeu sua referência na área.
O castigo veio aos 23 minutos. Após uma trombada entre os jogadores dos dois times, Zé Carlos partiu livre, cara a cara com Tiago Cardoso, e só teve o trabalho de encobrir o goleiro com um toque de categoria por cima, abrindo o marcador na Arena.
O gol acirrou os ânimos dos times em campo. Mas bater boca no gramado não iria resolver a situação do Náutico. Atordoado, o time mais uma vez não teve forças para reagir. E cada vez mais, de forma definitiva no campeonato.
Ficha do jogo
Náutico 0
Tiago Cardoso; David, Aislan, Breno Calixto e Manoel; Amaral, Darlan e Giovanni (Esquerdinha); Erick, Vinícius (Iago) e Gilmar (Gerônimo). Técnico: Beto Campos.
CRB 1
Edson Kolln; Édson Ratinho, Flávio Boaventura, Adalberto e Diego; Adriano, Yuri, Danilo Pires e Chico; Erick Salles (Neto Baiano) e Zé Carlos (Élvis). Técnico: Dado Cavalcanti.
Local: Arena de Pernambuco. Árbitro: Dervaly Lira do Rosário (ES). Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Van Gasse (ambos de SP-Fifa). Cartões amarelo: Édson Ratinho, Neto Baiano (C ), Manoel (N). Gols: Zé Carlos (23 min do 2º). Público: 4.289. Renda: R$ 32.035.

domingo, 18 de junho de 2017

Oito meses depois, Sport e Vitória voltam a se enfrentar em jogo com cara de decisão.

Há pouco mais de oito meses, o Sport recebia o Vitória na Ilha do Retiro em um jogo com cara de decisão. Na ocasião, com o triunfo por 1 a 0, os pernambucanos permaneceram fora da zona de rebaixamento, posição que se mantiveram até o final da competição. Os baianos também acabariam se livrando da queda. Neste domingo, às 19h, os dois clubes voltam a duelar no Recife. E apesar dessa vez o jogo valer apenas pela 8ª rodada da Série A, o clima de um jogo importante novamente existe. Mais uma vez, com os rivais lutando contra as últimas colocações. Apenas três pontos separando o Vitória, dentro da zona de queda, do Sport.
Do time que entrou em campo naquela partida pelo Leão pernambucano, cinco jogadores serão titulares mais uma vez neste domingo. Entre eles, o meia Diego Souza, que retorna ao time após servir a seleção brasileira nos amistosos contra Argentina (ficou no banco de reservas) e Austrália (foi titular com direito a marcar dois gols). Nesse intervalo, o camisa 87 ficou de fora dos jogos contra Flamengo, Vasco e São Paulo.
Também estarão em campo mais uma vez contra o Vitória o goleiro Magrão, o lateral direito Samuel Xavier, o zagueiro Ronaldo Alves e o volante Rithely. Já o zagueiro Matheus Ferraz e o meia Everton Felipe, que também participaram do encontro do ano passado, ficam dessa vez como opção no decorrer de partida. Treinador do Sport na ocasião, Daniel Paulista também estará no banco de reservas. Agora, como auxiliar do técnico Vanderlei Luxemburgo. Que mesmo com o retorno de Diego Souza deve manter o esquema com três volantes.
Dúvida
Isso porque, com um dores no tornozelo esquerdo, o meia Thomás dificilmente reunirá condições de entrar em campo. Com isso, Diego Souza deve atuar, tanto no ataque, aberto pelas pontas, quanto em determinados momentos mais pelo meio, na criação das jogadas. Já o trio de volantes sofrerá uma alteração, com Fabrício retomando a titularidade na vaga de Thallyson.
"Cheguei aqui com uma situação de buscar coisas diferentes do que apenas fugir do rebaixamento. Eu vim para cá, no meu projeto, de brigar por uma coisa maior. E a vaga da Libertadores é algo importante para nós. Temos que ter um momento de crescimento. Um triunfo sobre o Vitória será importantíssimo para nós buscarmos a parte de cima da tabela", avaliou Luxemburgo.
Ficha do jogo
Sport
Magrão; Samuel Xavier, Ronaldo Alves, Durval e Sander; Rithely, Patrick e Fabrício; Diego Souza, André e Osvaldo. Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Vitória
Fernando Miguel; Patric, Kanu, Fred e Thallyson; Willian Farias, Uillian Correia (Fillipe Souto) e Cleiton Xavier; Neilton, David e Kieza. Técnico: Alexandre Gallo
Local: Ilha do Retiro. Horário: 19h. Árbitro: Andre Luiz de Freitas Castro (GO). Assistentes: Bruno Raphael Pires e Leone Carvalho Rocha (ambos GO). Ingressos: R$ 60 (arquibancada frontal), R$ 30 (estudante) e R$ 20 (sócio); R$ 40 (arquibancada lateral), R$ 20 (estudante) e R$ 10 (sócio).

Em jogo pobre no Arruda, Santa Cruz fica no 0 a 0 com o Internacional, mas dorme no G4.

O placar em branco foi o reflexo de um jogo com pouca qualidade e quase nenhuma emoção. Na tarde deste sábado, o estádio do Arruda recebeu um bom público, mas o Santa Cruz não saiu do 0 a 0 diante do Internacional. Comandado pelo interino Adriano Teixeira, que ainda está sob avaliação da diretoria, o Tricolor não repetiu o futebol ofensivo do segundo tempo da vitória fora de casa sobre o Ceará, na rodada passada. Como álibi, pelo menos a Cobral Coral termina o dia no G4 da Série B.
Castigado pelas chuvas, o gramado do Arruda também não contribuiu para um futebol mais rico. Ambos os times sofriam para acertar passes, ora atrapalhados pelas poças de lama, ora pela própria deficiência dos seus jogadores. Nenhuma das equipes criava muitas jogadas de perigo. Chutes à longa distância e lançamentos viraram uma constante no jogo.
Apesar da pobreza técnica, o Santa foi quem tomou a iniciativa de atacar. O Inter começou a responder só após os 20 minutos do primeiro tempo. Desfalcado de quatro titulares, entre eles o meia argentino D’Alessandro, o Colorado era uma equipe para lá de comum.
Pouco ajustado defensivamente, o Inter permitiu que o Tricolor tivesse as melhores oportunidades de abrir o placar na etapa inicial. Em jogada característica, Bruno Paulo puxou para a direita e bateu colocado. A bola passou rente à trave de Danilo Fernandes. Depois, Halef Pitbull obrigou o goleiro a fazer grande defesa em arremate de canhota.
O segundo tempo começou na mesma marcha do primeiro. O Santa persistia nas jogadas com Bruno Paulo pelo lado esquerdo e ainda em alguns lampejos de técnica de Léo Lima, que caiu de rendimento e não demorou para ser substituído por Augusto. O time do Rio Grande do Sul era ainda menos criativo. A chuva que começara a cair deixou o piso ainda mais ensopado e a partida ainda mais amarrada.
A entrada de Augusto chegou a empolgar a torcida do Santa Cruz. Mas quem ficou mais perto do gol foi o Inter, a partir de uma cobrança de falta de Diego. A equipe colorada, porém, não se esforçava muito para atacar. Aparentava satisfação com o empate longe do Beira-Rio. Começou a fazer “cera”, inclusive. O resultado parecia também de bom tamanho para a Cobra Coral. Adriano acionou dois volantes - Kelvy e Wellington Cézar. O Tricolor não se soltou até o apito final.
Ficha do jogo
Santa Cruz
Julio Cesar; Nininho, Jaime, Bruno Silva e Roberto; Elicarlos, Thiago Primão (Wellington Cézar), Léo Lima (Augusto), André Luís (Kelvy) e Bruno Paulo; Halef Pitbull. Técnico: Adriano Teixeira (interino).
Internacional
Danilo Fernandes; Junio, Klaus, Ernando (Léo Ortiz) e Carlinhos; Rodrigo Dourado, Edenílson, Uendel; Eduardo Sasha (Juan), Marcelo Cirino e Nico López (Diego). Técnico: Guto Ferreira.
Estádio: Arruda (Recife-PE). Árbitro: Rodrigo Alonso Ferreira (SC). Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP). Cartões amarelos: Nininho (Santa Cruz); Ernando, Léo Ortiz e Junio (Internacional). Público: 25.356. Renda: R$ 227.927,50.

Náutico sofre virada após cometer falhas no fim do primeiro tempo e perde para o Boa.

É difícil garantir que o Náutico venceria a partida ou conseguiria somar pelo menos um ponto diante do Boa Esporte, em Varginha, neste sábado. Mas há uma certeza: um time na situação delicada do Timbu, não pode, em hipótese alguma, cometer erros como os observados neste sábado. Responsáveis por, em menos de cinco minutos, transformarem uma vantagem de 1 a 0 numa virada por 2 a 1. Uma possível vitória numa derrota certa.
Resultado que complica ainda mais a situação alvirrubra na Série B. O time ficou mais isolado na lanterna do campeonato. Soma apenas dois pontos de 24 possíveis. Aproveitamento de 8,3%. A distância para o vice-lanterna que era de três pontos, aumentou para cinco.
O JOGO
O nível técnico do primeiro tempo foi condizente com a colocação das duas equipes na classificação da Série B. Boa Esporte e Náutico mostraram por que estavam na vice-penúltima e última colocação. Foram 46 minutos de muito mais erros do que acertos. Erros de passes, de finalização, de posicionamento, na tomada de decisões. Falhas que pesaram contra o Náutico.
Não que tenha errado muito mais. As falhas cometidas pelo Náutico, entretanto, foram capitais. Duas delas, nos minutos finais da etapa inicial, destruíram a vantagem que o time conseguiu abrir aos 17 minutos, quando Aislan, de cabeça, fez 1 a 0 Náutico, após cobrança de escanteio.
Vantagem que, aparentemente, seria mantida. Até os 40 minutos, a maior ameaça ao Náutico havia sido criada pelo próprio Náutico. O mais perto que o Boa Esporte havia chegado de balançar as redes foi num cabeceio do atacante Vinícius, que ao tentar afastar a bola da área timbu mandou na trave de Tiago Cardoso. A sorte salvou os alvirrubros, pode-se dizer.
Veio, então, o segundo erro alvirrubro. Um erro crasso. Aos 41 minutos, Joazi foi tentar afastar uma bola da defesa. Errou feio o chute e ela sobrou para o zagueiro Douglas Assis, na linha da pequena área, cara a cara com o goleiro Tiago Cardoso. O zagueiro chutou no canto esquerdo. Tiago defendeu. Num primeiro momento, salvava o Náutico.
Mas não. Douglas correu para aproveitar o rebote. Não havia chegado na bola ainda, estava de costas para a trave, rente à linha de fundo, quando foi derrubado pelo goleiro do Náutico. Pênalti cometido pela afobação do camisa 1 que custou caro. Na cobrança, aos 42, Fellipe Mateus empatou a partida.
O prejuízo já era enorme para o Náutico. Ficaria pior. Aos 44 minutos, após mais um erro. Dois, na verdade. Primeiramente, na saída de bola. O Náutico tinha a posse, errou um passe. O Boa avançou e levantou a bola na direção da área timbu. Aislan errou no domínio e acabou “ajeitando” para Rodolfo acertar um belo chute da entrada da área. Um golaço. Um acerto diante de tantos erros que valeu a virada no placar.
2º TEMPO
Um minuto. Falta para o Náutico, na intermediária. Aislan não se intimida com a distãncia e cobra com força. O goleiro Daniel é enganado pelo quique da bola e por pouco não sofre o gol. Consegue desviar para escanteio. Dois minutos. Rodolfo quase amplia a vantagem do Boa após uma boa finalização.
Os dois primeiros lances do segundo tempo indicavam um segundo tempo com mais busca pelo gol, mais oportunidades. Até houve mais chances, de verdade, principalmente do Boa. Reis, aos 12 minutos, e Wesley, aos 19, levaram um certo perigo ao gol de Tiago Cardoso. Nada tão incisivo, contudo.
Pelo lado do Náutico, a tentativa de melhorar a produção ofensiva veio com a entrada de Gilmar, atacante recém-contratado, aos 21 minutos. Só aos 41 o jogador finalizou pela primeira vez. Um chute de muito longe, facilmente defendido pelo goleiro Daniel.
FICHA DO JOGO
Boa Esporte
Daniel; Ruan (Oliveira - 37’ do 2ºT), Júlio Santos, Douglas Assis e Paulinho; Geandro (Escobar - 41’ do 2ºT), Reis (Gil Mineiro - 42’ do 2ºT), Diones e Fellipe Mateus; Wesley e Rodolfo. Técnico: Nedo Xavier (interino)
Náutico
Tiago Cardoso; Joazi, Aislan, Feliphe e Jeanderson; Amaral, Renan Paulino (Iago Silva - 5’ do 2ºT), João Ananias (Gilmar - 21’ do 2ºT)e Giovanni; Erick (Esquerdinha - 32’ do 2ºT) e Vinícius. Técnico: Levi Gomes (interino).
Estádio: Dilzon Melo (Varginha, Minas Gerais). Árbitro: Bruno Rezende Silva (GO). Assistentes: Tiago Gomes da Silva (GO) e Hugo Savio Xavier Correa (GO). Gols: Fellipe Mateus (42’ do 1ºT) e Rodolfo (44’ do 1ºT); Aislan (17’ do 1ºT). Cartões amarelos: Joazi, Geandro e Douglas Assis (B); Tiago Cardoso e Iago Silva (N).

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Vanderlei Luxemburgo rebate Gilberto e convoca torcida para jogo contra São Paulo.

Gilberto conhece o futebol pernambucano muito de perto. Viveu vários jogos da rivalidade entre Santa Cruz e Sport. Com passagens nos dois clubes, o jogador mostra, obviamente, conhecimento do comportamento das torcidas. Agora, defendendo as cores do São Paulo, espera tirar proveito da impaciência dos rubro-negros - que costumam cobrar quando o time não corresponde. E isso ele sabe bem. Passou na Ilha do Retiro em 2012, quando o clube acabou rebaixado à Série B. A sua declaração, nesta terça-feira, na véspera do jogo contra o Leão, contudo, gerou uma resposta do lado rubro-negro através do técnico Vanderlei Luxemburgo. Uma estratégia do comandante para ganhar mais apoio das arquibancadas.
“Aproveitar e mandar um recado para o nosso centroavante, que é o nosso torcedor, para comparecer em grande número amanhã (nesta quarta-feira). E até ser contrário, mostrar que o Sport é o Sport e que o torcedor do Sport torce para o seu time e para os seus jogadores. Gilberto, que jogou aqui pelo Norte e Nordeste, que jogou aqui no Sport e no Santa Cruz também, disse que a nossa torcida vai se voltar contra nós porque tivemos um resultado negativo contra o Vasco. Muito pelo contrário", disse o treinador.
"Tenho certeza que esse centroavante vai entrar em campo amanhã (nesta quarta), vai dar aquela força que precisamos, porque a equipe tem demonstrado coragem, luta e determinação. Conto com você amanhã (nesta quarta), centroavante da equipe, para poder mostrar que o torcedor do Sport vai estar sempre com o seu time e nunca com o adversário”, acrescentou.
A declaração de Gilberto
A declaração do atacante do São Paulo que motivou a resposta do Sport não citou diretamente a derrota contra o Vasco, mas lembrou da postura dos rubro-negros que cobram o time nos momentos de adversidade. "É difícil para os dois lados. A torcida é chata. É uma torcida que pega no pé. Cresci vendo Santa e Sport jogarem. É uma torcida que pega no pé dos jogadores em um momento não muito bom, então, tem de usar isso a favor. Vamos pressionar quando der e tentar o gol pra deixar o time deles abalado com o motivacional da arquibancada da torcida deles", afirmou.

De virada, Santa Cruz ganha do Ceará na Arena Castelão e retorna ao G4 da Série B.

O Santa Cruz está de volta ao G4 da Série B do Brasileiro. A depender do desempenho do time nesta terça-feira, na Arena Castelão, um novo treinador não deverá chegar tão cedo ao Arruda. Sob o comando do interino Adriano Teixeira, o Tricolor exorcizou as derrotas nas duas últimas rodadas e ganhou do Ceará, de virada. A equipe saiu perdendo por 1 a 0 no primeiro, mas melhorou no segundo e fez 3 a 1 com Léo Lima, Bruno Paulo e Ricardo Bueno.
A preparação do Santa Cruz para o jogo foi na base da conversa entre os atletas e Adriano Teixeira. Com uma zaga reservas devido à lesão dos titulares da posição, o Tricolor experimentou um susto logo com dois minutos de jogo. Magno Alves colocara a bola próxima à trave de Julio Cesar. O Ceará dominava o meio-campo. Estreando como titular, o veterano Léo Lima começou mal na criação.
Julio Cesar evitou gol do mesmo Magno Alves, aos 14. Grande defesa de mãos trocadas para salvar um Santa Cruz recuado e nulo ofensivamente. A equipe de Adriano Teixeira jogou nessa toada até o intervalo. Durante todo o primeiro tempo, não chutou uma vez sequer na direção da barra adversária. Só três à longa distância e sem nenhuma direção, com Ricardo Bueno, Gino e Bruno Paulo.
Estava muito fácil para o Ceará. Em um erro de posicionamento da defesa tricolor depois de escanteio, Pedro Ken ficou livre e abriu o placar, aos 27. O Santa só foi se soltar um pouco mais na reta final do primeiro tempo. Mais na base dos erros do oponente e da individualidade de jogadores como Bruno Paulo.
O Santa retornou no mesmo ritmo que terminou a etapa inicial. Mas num dos lances isolados que buscou o gol, uma bola conduzida por André Luís espirrou nos pés de Léo Lima. Frente a frente com Éverton, prevaleceu a experiência do veterano. Com um toquezinho por cobertura, empatou a partida, ainda aos 16.
O Santa se equivaleu aos mandantes após o gol. O Ceará chegou a colocar uma bola na trave, entretanto. Uma jogada bem tramada pelos pernambucanos, aos 25 minutos, acabou na virada. Thiago Primão, que havia entrado no lugar de Léo Lima, serviu Bruno Paulo. Com categoria, tirou do goleiro: 2 a 1. Depois de ter colocado duas peças ofensivas - Primão e Augusto -, Adriano recuou o time. Colocou o volante Wellington Cézar. Ainda assim, a Cobra Coral foi inteligente. Ampliou. Augusto fez grande lance e serviu Ricardo Bueno. Em impedimento, fez 3 a 1, aos 35. Julio Cesar salvou o Tricolor quando foi preciso. O Santa poderia até ter feito o quarto.
Ficha do jogo
Ceará
Éverson; Cametá, Rafael Pereira, Valdo e Romário; Raul, Richardson (Felipe Menezes), Pedro Ken (Pio) e Rafael Carioca (Arthur); Magno Alves e Roberto. Técnico: Givanildo Oliveira.
Santa Cruz
Julio Cesar; Nininho, Jaime, Eduardo Brito e Roberto; Elicarlos, Gino (Thiago Primão), Léo Lima (Augusto), André Luís e Bruno Paulo (Wellington Cézar); Ricardo Bueno. Técnico: Adriano Teixeira (interino).
Estádio: Arena Castelão (Fortaleza-CE). Árbitro: Wanderson Alves de Sousa (MG). Assistentes: Sidmar dos Santos Meurer (MG) e Felipe Alan Costa de Oliveira (MG). Cartões amarelos: Roberto, Raul (Ceará); Elicarlos e Bruno Paulo (Santa Cruz). Gols: Pedro Ken (27’ do 1T, Ceará), Léo Lima (16’ do 2T, Santa) e Bruno Paulo (25’ do 2T, Santa) e Ricardo Bueno (31 do 2T, Santa). Público: 9.539. Renda: R$ 75.392.

Náutico melhora coletivamente, mas leva virada do Paraná e segue lanterna da Série B.

O começo da partida foi avassalador. Sugeria que a noite seria diferente para o Náutico, mas foi apenas uma reprise de um filme já visto várias vezes. Apesar do bom início de jogo e de uma clara evolução da equipe no meio de campo, o Timbu saiu da Arena de Pernambuco nesta terça-feira com uma derrota por 2 a 1 para o Paraná, resultado que manteve a equipe na lanterna da Série B.
Com cinco mudanças na equipe em relação à última partida, o técnico Waldemar Lemos finalmente teve um time com um atleta no meio de campo com a função de armar. Giovanni foi escalado no lugar de Rodrigo Souza, que está negociando sua saída do clube e não foi relacionado. Além da entrada do camisa 10, Lemos ainda mudou as duas laterais, que tiveram Joazi e Jeanderson nas vagas de David e Manoel, Renan Paulino, estreando no lugar do suspenso Darlan, e Feliphe Gabriel substituindo Nirley, expulso contra o Internacional.
Antes de notar se as mudanças surtiram efeito, o Náutico se aproveitou de uma falha grotesca do goleiro Richard e abriu o placar. Aos cinco minutos, Vinícius dominou a bola após saída errada do camisa 1 adversário, ganhou a dividida do zagueiro e abriu o placar. O gol poderia indicar uma noite mais tranquila para o Timbu, mas outra vez o time não segurou a liderança que tinha no placar. Três minutos após o gol alvirrubro, os visitantes empataram através de um belíssimo chute de Minho de fora da área.
O ritmo acelerado da partida diminuiu e os times ficaram mais atentos. Ao menos ficou comprovado que o Náutico precisava de Giovanni no meio de campo. Foi através do camisa 10 que bons passes começaram a sair e o Timbu se mostrou bem mais organizado. O Náutico mostrou melhora nas investidas ofensivas e nem parecia o time que teve apenas três chances diante do Internacional.
Sentindo a equipe melhor, Waldemar Lemos apostou na entrada de Iago no intervalo. Buscou mais velocidade no ataque. Mas não foi com o novato que o Náutico pressionou logo no início da segunda etapa. Foi com Erick, que fez boa jogada e foi derrubado na área. O árbitro Marcelo Aparecido de Souza, de forma errada, mandou o lance seguir e achou que se tratava de simulação do atacante, algo que não é novidade já que ele tem mania de se jogar em qualquer lance que toquem nele.
Para manter o ritmo, Waldemar tirou Giovanni, que estava visivelmente cansado, e colocou Esquerdinha na equipe. A velocidade cresceu na parte ofensiva, mas os passes não foram trocados do mesmo modo. O Timbu se tornou um time afobado e que segue frágil na parte defensiva. Em uma sequência de três ataques do Paraná, Tiago Cardoso não sofreu o gol porque os visitantes não tinham competência para marcar.
A falta de produção foi deixando a torcida alvirrubra impaciente e os gritos contra o técnico Waldemar Lemos ganharam intensidade quando ele decidiu tirar Vinícius e colocar Alison, atleta que nunca rendeu o esperado com a camisa alvirrubra. Com as mudanças, o time ficou ainda mais dependente do brilho de Erick. O jovem atacante de 19 anos fez de tudo ao seu alcance e teve a melhor chance do segundo tempo ao entrar na área, driblar Richard, mas permitir que o goleiro adversário se recuperasse e evitasse o gol.
Os erros alvirrubros não passaram impunes e o Paraná também criou chances. A que levou mais perigo foi uma cabeçada de Wallace após cobrança de falta. A bola explodiu na trave e quase desempatou o jogo. Porém, aos 45 minutos, Robson recebeu livre dentro da área após contra-ataque em velocidade e virou o jogo. A partir do gol dos visitantes, a torcida se virou para os camarotes e protestou contra a direção que assistia à partida.
Agora, o Náutico se prepara para visitar o Boa Esporte no próximo sábado, em Minas Gerais.
Ficha do jogo
Náutico
Tiago Cardoso; Joazi, Aislan, Feliphe Gabriel e Jeanderson; Amaral, Renan Paulino e Giovanni (Esquerdinha); Erick, Gerônimo (Iago) e Vinícius (Alison). Técnico: Waldemar Lemos.
Paraná
Richard; Cristovam, Wallace, Eduardo Brock e Assis; Leandro Vilela (Jhony), Gabriel Dias, Minho e Guilherme Biteco (Matheus Carvalho); Robson e Felipe Alves. Técnico: Cristian de Souza.
Estádio: Arena de Pernambuco, em São Lourenço
Árbitro: Marcelo Aparecido R de Souza (SP)
Assistentes: Anderson José de Moraes Coelho (SP) e Fábio Rogério Baesteiro (SP)
Gols: Vinícius (aos 5’ do 1ºT) (N); Minho (aos 8’ do 1ºT) e Robson (aos 45’ do 2T) (P)
Cartões Amarelos: Jeanderson e Erick (N); Leandro Vilela (P)
Público: 1.700
Renda: 11.290,00

terça-feira, 13 de junho de 2017

Anselmo tem lesão séria na coxa esquerda e desfalca Sport por dois meses.

Anselmo desfalcará o Sport por dois meses. O volante sentiu dores na coxa esquerda durante a partida contra o Vasco, no último sábado, e foi substituído. Ele estava descartado do duelo diante do São Paulo, nesta quarta-feira. Mas o exame de imagem apontou um problema mais grave - e, por isso, ele ficará oito semanas de molho. Com isso, ele só volta a atuar no segundo turno da Série A.
- Anselmo realizou exame de ressonância magnética e ficou constatada uma lesão muscular na origem do músculo posterior da coxa. A previsão de retorno do atleta é de, em média, oito semanas - explicou Rodrigo Perez, médico do Leão.
Titular da equipe, o jogador fará falta ao técnico Vanderlei Luxemburgo. No próximo jogo, Patrick será o escolhido para atuar na posição.
O médico Rodrigo Perez explicou quais são os próximos passos do tratamento de Anselmo.
- Passa por fisioterapia e repouso, nas primeiras semanas. De acordo com a evolução e melhora das dores, damos passos adiante.
Anselmo foi contratado para a Série A e jogou quatro partidas pelo Sport na competição - até ter essa lesão.

David e diretoria do Santa Cruz chegam a acerto para saída do jogador.

O volante David acertou oficialmente a saída do Santa Cruz na manhã desta terça-feira. O jogador havia avisado à diretoria há alguns dias que desejava deixar o clube. Agora, chegou a um acerto quanto aos salários atrasados e não defenderá mais o Tricolor.
O jogador de 35 anos atuou em 27 partidas do clube na temporada, entre Série B, Campeonato Pernambucano, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. Titular com o técnico Vinícius Eutrópio, ele dividia opiniões na torcida - muitos o queriam fora da equipe.

Comedido quanto à forma física, Giovanni prega calma com sequência no Náutico.

A pesar do resultado adverso - a derrota de 4 a 2 para o Internacional - a estreia de Giovanni acendeu uma fagulha na torcida do Náutico, que há tempos vê o técnico Waldemar Lemos tentar solucionar o problema da falta de um meia de criação. Porém, o novo camisa 10 preferiu manter a cautela sobre uma possível titularidade neste momento.
- Durante o tempo em que fiquei parado, não deixei de treinar, mas num clube a estrutura e a preparação são muito melhores, e isso pode me ajudar a recuperar o ritmo de jogo. Me sinto bem, não consigo dizer se aguento os 90 minutos, mas a comissão técnica vem me ajudando e me dando o apoio necessário - disse Giovanni.
A forma física do jogador foi um dos pontos levantados pelo técnico Waldemar Lemos para pregar paciência para a utilização do meia. Ele não chegou no ponto ideal, mas já chega com a missão de se entrosar rapidamente. Afinal, a situação difícil do Náutico requer melhora de resultados.
- Toda reformulação precisa de um tempo, ainda estamos buscando o entrosamento. Waldemar está conseguindo implantar o jeito dele de trabalhar. Infelizmente, o resultado não está aparecendo, mas já dá para ver uma melhora no desempenho do time, uma postura tática diferente. Estamos com a parte ofensiva mais aguda. Aos poucos vamos corrigindo os erros e aumentando o entrosamento.
Apesar do Náutico ter iniciado a Série B de uma maneira muito ruim - foi o pior início desde que o Campeonato Brasileiro começou a ser disputado com pontos corridos -, Giovanni ainda acredita que a briga do Timbu não é contra o rebaixamento.
- O campeonato começou agora. Precisamos somar pontos, sabemos da importância dos próximos jogos. Pela história e pelo tamanho do Náutico, o clube briga para ficar entre os quatro melhores. Cada jogo vai ser uma final para nós, vamos buscar a vitória independentemente do que aconteça. Existe uma oscilação natural das equipes, e nós temos que aproveitar esses momentos para dar um 'sprint', uma arrancada, e levar o Náutico para a elite.

domingo, 11 de junho de 2017

Após expulsões no Sul, Waldemar terá que reformular sistema defensivo do Náutico.


O técnico Waldemar Lemos terá alguns problemas para montar a equipe que enfrentará o Paraná, nesta terça-feira, na Arena de Pernambuco. O treinador perdeu dois atletas para o duelo após a partida contra o Internacional. O volante Darlan e o zagueiro Nirley estão suspensos e não poderão ser escalados. 


No meio de campo, talvez Waldemar Lemos tente dar mais força ofensiva ao meio de campo e o meia ofensivo Giovanni, que deu passe para o gol de Iago, após ambos entrarem no segundo tempo, possa ser a solução. Caso não queria mudar a formatação do meio de campo, o volante Renan Paulino pode ser o substituto de Darlan e fazer a sua estreia pelo Timbu.
 
Na defesa, com a saída de Nirley, a expectativa é que Tiago Alves volte a compor a dupla ao lado de Aislan. O zagueiro treinou normalmente após ficar duas partidas fora da equipe e é a principal opção para entrar de frente. Todas essas mudanças terão que ser decididas em apenas uma sessão de treinamento, já que o time só terá a segunda-feira para realizar algum trabalho.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Revelado no Flamengo, Thomás faz primeiro gol pelo Sport e comemora: "87 é nosso"

Após ser elogiado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo na sua estreia pelo Sport (na derrota por 1 a 0 para o Avaí), o meia Thomás estava cotado para começar como titular diante do Flamengo. Porém, perdeu a disputa com o prata da casa Thallyson e iniciou a partida desta quarta-feira como opção no banco de reservas. Mas isso não tirou o brilho do jogador, que entrou na etapa final e marcou o gol que sacramentou a vitória por 2 a 0.
Na comemoração, o jogador, formado nas categorias de base do Flamenfo e vindo do rival Santa Cruz, ganhou de vez a torcida ao gesticular com as mãos dizendo que "87 é nosso", em referência ao titulo brasileiro daquele ano. Após a partida, no entanto, o jogador reforçou que pretende ganhar o carinho dos torcedores dentro de campo.
"Não fiz isso (a comemoração) com a intenção de ganhar a torcida. Não quero ganhar a torcida pela comemoração e sim pelo que faço dentro de campo, pelo meu empenho", destacou o jogador que foi sucinto ao explicar o gesto. "Vocês sabem o que significa".
Thomás também se mostrou tranquilo ao comentar a disputa pela titularidade. "Quero jogar, mas respeito a escalação do Vanderlei. Quem entrou no primeiro tempo também foi bem e se empenhou. Quero ajudar no que for preciso", finalizou.

Sport se impõe no segundo tempo, derrota Flamengo na Ilha e respira no Brasileiro.

Após ser elogiado pelo técnico Vanderlei Luxemburgo na sua estreia pelo Sport (na derrota por 1 a 0 para o Avaí), o meia Thomás estava cotado para começar como titular diante do Flamengo. Porém, perdeu a disputa com o prata da casa Thallyson e iniciou a partida desta quarta-feira como opção no banco de reservas. Mas isso não tirou o brilho do jogador, que entrou na etapa final e marcou o gol que sacramentou a vitória por 2 a 0.
Na comemoração, o jogador, formado nas categorias de base do Flamenfo e vindo do rival Santa Cruz, ganhou de vez a torcida ao gesticular com as mãos dizendo que "87 é nosso", em referência ao titulo brasileiro daquele ano. Após a partida, no entanto, o jogador reforçou que pretende ganhar o carinho dos torcedores dentro de campo.
"Não fiz isso (a comemoração) com a intenção de ganhar a torcida. Não quero ganhar a torcida pela comemoração e sim pelo que faço dentro de campo, pelo meu empenho", destacou o jogador que foi sucinto ao explicar o gesto. "Vocês sabem o que significa".
Thomás também se mostrou tranquilo ao comentar a disputa pela titularidade. "Quero jogar, mas respeito a escalação do Vanderlei. Quem entrou no primeiro tempo também foi bem e se empenhou. Quero ajudar no que for preciso", finalizou.

Meia Léo Lima se espelha em amigos Grafite e Léo Moura por sucesso no Santa Cruz.

Todos os reforços que chegam ao Arruda explicam da mesma forma o porquê de ter aceitado jogar no Santa Cruz. Garantem que se seduzem a vir ao Tricolor graças à torcida, acostumada a lotar o estádio. Léo Lima não fugiu do clichê em sua coletiva de apresentação nesta quarta-feira. Mas o meia revelou também que se convenceu a fechar contrato ao se espelhar na trajetória no clube de dois amigos pessoais: os ex-corais Grafite e Léo Moura.
Léo Lima está parado desde novembro do ano passado, quando atuou pelo Goiás na Série B do Brasileiro. Garante que recebeu ofertas de outras equipes de lá para cá. Mas preferiu desfrutar da vida familiar no Rio de Janeiro até achar um clube que o devolvesse aos holofotes.
"Houve propostas nos estaduais, até mesmo do Rio (de Janeiro). Mas eu preferi ficar em casa, analisando algumas coisas, perto da família. Fiquei muitos anos fora (do país). Se não fossem clubes do Rio, São Paulo, que é mais perto, preferia ficar em casa. Surgiram coisas no Rio, mas abortei. Surgiu agora o desafio de voltar ao cenário no Santa Cruz. Quando me ligaram, não pensei duas vezes", disse.
Duas destas ligações foram fundamentais para o desfecho da negociação: a do volante David - com quem jogou no Goiás - e a do treinador Vinícius Eutrópio. "Quando treinador me ligou, o David também me ligou, eu fiquei entusiasmado", contou Léo Lima. O exemplo de outros dois amigos com passagem recente pelo Tricolor acabou sendo um empurrão a mais para a vinda dele ao Arruda.
Amigos de Léo Lima, Grafite e Léo Moura foram campeões do Estadual e da Copa do Nordeste de 2016 pelo Santa. Depois, terminaram no rebaixados para a Série A. Contudo, os dois veteranos se destacaram e conseguiram contratos com equipes da elite para esta temporada. O centroavante foi para o Atlético-PR. O lateral, para o Grêmio. Léo Lima quer construir algo parecido na nova casa. "Ser ídolo", projeta.
"Tenho amigos que jogaram aqui no ano passado também, Grafite e Léo Moura. Conseguiram êxito grande. Infelizmente caíram (de divisão), mas ficaram na Série A. Eu almejo isso. Optei vim para cá, poderia ter ficado em casa tranquilamente. Agora é trabalhar", projetou o meia, sem deixar - claro - de exaltar a torcida tricolor. "Queria frisar os torcedores. Espero que sexta-feira (o estádio) esteja lotado."
Pronto para jogar
Léo Lima garante que poderá estar em campo na sexta, contra o Londrina. Está há 11 dias no Santa Cruz e ainda se recondiciona fisicamente após o tempo inativo. Mas se coloca à disposição para estrear. Nem que suporte apenas metade da partida. "Sobre ritmo de jogo, não tem tanto problema. Eu estava mantendo a forma no Madureira-RJ. Só não estava jogando partida oficial. Tenho certeza que 45 minutos dá para se manter no ritmo dos meus companheiros."
Não descarta aguentar um jogo inteiro, porém. "Quando as pessoas falam em suportar, vai muito da cabeça. De repente, posso até fazer os 90 minutos na sexta. Tenho certeza que 45 eu suporto. Tenho que saber se o professor vai me colocar também", ponderou. Eutrópio já disse que não se apressará pela estreia do atleta de 35 anos.

Motivado, Gilmar confirma retorno ao Náutico e quer ajudar jovens atletas.

Só falta assinar o contrato. É o que garante o atacante Gilmar, que já fala como novo reforço do Náutico. O jogador de 33 anos acertou sua saída do Itumbiara nesta quarta-feira e deve chegar ao Recife até a próxima sexta-feira. Um retorno que ocorreu graças a um acerto com caso alguma proposta mais vantajosa surgisse.
“Acertamos e vou ter 100% de certeza quando assinarmos o contrato. Está tudo certo com o Náutico e consegui a liberação com o Itumbiara. Tinha acertado que, quando recebesse uma proposta da Série A ou Série B, eu seria liberado. O Luizinho Vieira (ex-lateral do Sport), que é meu técnico aqui, mostrou o meu lado para a direção e eles entenderam. Estou com 33 anos e quero voltar a jogar nesse nível. Devo assinar os documentos aqui e devo embarcar nesta quinta-feira para Recife”, revelou.
Em um ano em que marcou dez gols em 17 jogos e que garante não ter se lesionado, Gilmar encara a oportunidade como uma nova chance de brilhar. A empolgação do atacante é clara, ainda mais pela oportunidade de voltar a trabalhar com o técnico Waldemar Lemos. “Waldemar eu dispenso comentários. É um cara que eu respeito demais e trabalhei com ele três vezes. Estou muito motivado e creio que tudo vai dar certo. Até peço que o torcedor volte a apoiar o time”, pediu.
O pedido de apoio vem justamente pelo o que Gilmar viu de perto. O atacante esteve na Ilha do Retiro na semifinal do Campeonato Pernambucano e se mostrou consciente das atuais dificuldades do clube. Sabe que aquele time que viu em campo contra o Sport não é mais o mesmo.
“Não estou voltando para o Náutico pelo lado financeiro até porque estou vendo a crise no clube. Estou acompanhando o Náutico na Série B, e os jogadores estão recebendo muita pressão pelo momento do clube. Principalmente, os jovens. Esses jogadores da base têm que ter essa tranquilidade. Estou indo para ajudar eles a assumir essa responsabilidade”, comentou o atleta que foi só elogios a Erick. “O Erick tem muita qualidade e é muito promissor. Nesse jogo contra o Oeste, vi um jogador chamar a responsabilidade. Algo que não é normal para a idade dele."
Torcida influenciou
Após os dez dias que esteve no Recife e pôde acompanhar o duelo entre Sport e Náutico na Ilha do Retiro, Gilmar, que passou pelo Náutico em 2008 e 2009, recebeu várias mensagens nas redes sociais e ele acredita que isso pode ter ajudado a lembrarem do seu nome. Foi depois da visita que a proposta surgiu. “Quando terminou o Estadual, eu tive propostas de clubes a Série B e não achei que era o momento. No jogo aí no Recife, encontrei muitos torcedores e me reconheceram. Começaram a pedir a minha volta nas redes sociais e meu empresário conversou com a direção recentemente e meu nome apareceu entre os possíveis nomes."

Central é eficiente, goleia o Coruripe e vence a primeira na Série D.

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