Sport negocia renovação com Sammir e acerta novos contratos com mais quatro.

O mês de abril chegou ao seu final e com ele a diretoria do Sport tratou de resolver quatro pendências do elenco visando ao resto da temporada. Três renovações de contratos já estão acertadas - o meia Leandrinho, o volante João Igor e o goleiro Luan Polli, faltando apenas o meia Sammir, que tem vínculo com o clube até esta terça-feira.

"Estamos conversando com Sammir sobre a renovação. O clube tem o interesse em ficar com o jogador", comentou Nelo Campos, diretor de futebol do clube.

Sammir foi contratado pelo Sport no dia 14 de janeiro e assinou um contrato até o final de abril por conta do tempo parado. O meia não atuava desde novembro de 2017. As duas partes deixaram acordado um vínculo até o final de 2020 caso ele rendesse no período, mas foram apenas 60 minutos em campo, sendo 15 na estreia e 45 em outro jogo.

Sobre Leandrinho, João Igor e Luan Polli, Nelo Campos garantiu que os contratos já estão acertados e o clube aguarda apenas alguns documentos para providenciar as assinaturas.

- Já acertamos a renovação dos três. Faltam apenas alguns detalhes de documentações, mas está tudo certo com Leandrinho, João Igor e Luan Polli.

Assim como Sammir, Leandrinho também assinou um contrato curto com o Sport por conta do longo tempo de inatividade. Ele não conseguiu jogar em 2018 por conta de uma lesão no joelho. João Igor veio como um teste e agradou nos primeiros meses. Já Luan Polli, está no clube desde o meio do ano passado e agora assina o seu segundo contrato.

Fechando a lista está o jovem Pedro Maranhão, cria da base do Sport e que começou a ter oportunidades no elenco profissional nesta temporada. Ele tinha contrato até o final do ano e assinou um vínculo agora até o final de 2021.

Por Lucas Liausu — Recife

Santa busca empate aos 50 do 2º tempo com Treze em estreia na Série C.

Resumão

O Treze ia conquistando uma vitória expressiva fora de casa contra o Santa Cruz, no Arruda, na estreia da Série C, nesta segunda-feira. Os paraibanos marcaram no primeiro tempo com Gil e Eduardo. Mas o Tricolor foi na raça e conseguiu o empate de 2 a 2 aos 50 minutos do segundo tempo, com Guilherme Queiroz (antes, Neto Costa havia marcado aos 39). O resultado deixa as equipes empatadas na 4ª colocação do grupo A.

Primeiro tempo

Não demorou muito para o placar sair do zero. Gil acertou um belo chute de fora da área e abriu o marcador. O gol desestabilizou o Santa Cruz, que viu sua defesa falhar em alguns lances. Após Eduardo desperdiçar uma chance dupla, o atacante do Treze marcou o segundo de cabeça, após cruzamento de Gil. Correndo atrás e pressionados pela torcida, os tricolores tiveram três boas chances, mas esbarraram Mauro Iguatu. Nos contra-ataques, os visitantes também assustaram e ainda viram Marcelinho Paraíba ser derrubado por Charles na área - a arbitragem não marcou nada.

Segundo tempo

O jogo voltou pra segunda etapa com o Treze quase marcando no início. Marcelinho PB passou por Anderson e chutou para o gol aberto, mas William Alves salvou com um carrinho. Na sequência, o Santa Cruz teve um leve crescimento, atacando e tentando (sem conseguir) uma melhor organização ofensiva. Em uma bola alçada na área, conseguiu diminuir com Neto Costa, de cabeça. Os tricolores partiram para o abafa, jogando bola na área do jeito que dava. Em um dos ataques, a bola sobrou no pé de Guilherme Queiroz, que acertou um belo chute e empatou o placar.

Próximos jogos

O Santa Cruz volta a entrar em campo no dia 5 de maio, próximo domingo, contra o Ferroviário, fora de casa, também pela Série C. Já o Treze, no mesmo dia, recebe o ABC.

Público e renda

Público: 8.194. Renda: R$ 76.700,00

Os times

SANTA CRUZ: Anderson; Marcos Martins, João Victor, William Alves e Carlos Renato; Charles, Jô (Guilherme Queiroz), Ítalo Henrique e Patrick Vieira (Luiz Felipe); Pipico e Augusto (Neto Costa). Técnico: Leston Júnior.

TREZE: Mauro Iguatu; Edy, Anderson Penna, Ítalo e Silva; Carlos Coppetti, Gil, Juninho e Marcelinho Paraíba (Brumati); Eduardo (Diego Ceará) e Patrick Silva (Fernando). Técnico: Flávio Araújo.

Golaço pra começar os trabalhos

O jogo mal tinha começado e Gil, do Treze, meteu um golaço de fora da área, no ângulo esquerdo do goleiro Anderson. Sem chances. O jogador, inclusive, foi um dos que mais deram trabalho ao Santa Cruz, sendo um dos principais nomes dos visitantes.

No apagar das luzes

O Santa Cruz pode não ter apresentado um futebol organizado, mas foi guerreiro. Os tricolores não desistiram um minuto da partida e foram recompensados com um gol no último minuto, aos 50 do segundo tempo, com Guilherme Queiroz.

Invasão do bem

O jogo teve emoção, mas também teve um momento cômico. Um cachorro invadiu o campo por volta dos 7 minutos do segundo tempo e driblou jogadores, até conseguir ser tirado pelo goleiro Anderson, do Santa Cruz.

Do Globo Esporte.com/pe

Em disputas diferentes, Náutico reforça "virada de chave" entre torneios.

Há nove dias, o Náutico participava da final do Campeonato Pernambucano, contra o Sport - e perdia o título. No último sábado, voltou as atenções para a estreia na Série C do Brasileiro. No meio desta semana, inicia encontros com o Campinense – são dois mata-matas - para decidir um lugar na Copa do Nordeste de 2020. Mais à frente, encontra-se com o Botafogo-PB, em partida única, por uma vaga na final do Nordestão 2019. Com tantas disputas a seguir e formatos diferentes, o técnico Márcio Goiano tenta ajudar o elenco a "virar a chave" de um confronto para o outro.

À medida que a temporada passa, a participação do Náutico nas competições ganha um peso maior. Por isso, tem sido difícil eleger prioridades, mesmo que a ascensão à Série B seja, ainda, a meta principal do ano. O treinador revelou ter conversado com o grupo, no intuito de tornar mais simples o entendimento e as responsabilidades dos desafios – cada um com características bem próprias.

- Logo após a final do Campeonato Pernambucano, conversamos sobre as competições que nós teríamos pela frente. Tudo foi conversado. E atletas têm essa consciência. Temos de saber o momento de virar a chave – comentou o treinador.

Como a Série C é um torneio de tiro longo, a ideia de Márcio Goiano é formatar uma campanha com 50% de aproveitamento. Assim, entende, o Náutico vai estar na briga pelas quatro vagas da fase classificatória do Grupo A.

Quanto ao Campinense, de Campina Grande, na quarta-feira, jogo seletivo para a Copa do Nordeste de 2020, o treinador observa que o fato de a vaga ser definida em dois confrontos equilibra as coisas. Não sem adicionar uma responsabilidade extra para ligar o alerta do grupo.

- É um jogo importante para a gente. Para as pretensões do clube no próximo ano. Uma competição que vale muito.

Por fim, a disputa diante do Botafogo, em jogo único, que vale vaga para a final da Copa do Nordeste, tem um caminho como exemplo. Semelhante ao trilhado pelo Náutico na classificação diante do Ceará – vitória, em pleno Castelão, por 2 a 0, após um segundo tempo quase perfeito dos pernambucanos.

- Jogo contra o Ceará, pela Copa do Nordeste, conseguimos a classificação. Agora tem o Botafogo pela frente. De novo, um confronto de mata-mata. De qualquer jeito, independentemente de qualquer coisa, vale a máxima, para nós, que sempre o próximo jogo será o mais importante. Temos de ter isso em mente.

Por GloboEsporte.com — Recife

Guto Ferreira lamenta falta de ritmo de jogo do Sport, mas vê time no caminho certo.

Uma das grandes reclamações de jogadores e técnico do futebol brasileiro é o calendário cheio de jogos, com pouco tempo para treinamentos e quase nenhum para descanso. Mas há também o outro lado da moeda. E o Sport tem passado por isso. Com apenas 15 jogos em quase quatro meses, o Sport sofre com a falta de ritmo de jogo. É comum ver os jogadores rubro-negros sentindo câimbras em campo durante as partidas, mas o técnico Guto Ferreira se mostra otimista de que pode colocar a equipe nos trilhos em pouco tempo.

- Fizemos três jogos em sequência em alta intensidade (as duas finais contra o Náutico e a estreia na Série B diante do Oeste). Com mais três ou quatro, a tendência é nivelar e estabilizar. Sobrar? Aí é sequência, mas em algum momento vamos sobrar porque treinamos bem. Podem ter certeza disso.

Guto vislumbra o Sport passando os rivais que entraram na Série B com um lastro de jogos maior durante a parada que o torneio sofrerá para a disputa da Copa América. Segundo ele, a tendência é que os adversários caiam de produção neste momento.

- Temos oito jogos e depois uma parada de 30 dias para a Copa América. Muitos times vão cair de produção porque vão perder o tal ritmo de jogo. E nós vamos ter tempo para trabalhar para que na retomada a gente possa estar consistente.

O Sport agora só volta a jogar no dia 6 de maio (segunda-feira), quando vai até Bragança Paulista enfrentar o Bragantino.

Do Globo Esporte.com/pe

Leston Júnior alerta para oscilação em nova maratona do Santa Cruz.

Há uma expectativa grande sobre o início do Santa Cruz, na Série C. Principalmente pelo que foi feito até aqui na temporada. Apesar da eliminação precoce, diante do Afogados, nas quartas de final do Campeonato Pernambucano, o time está nas semifinais da Copa do Nordeste e chegou até a quarta fase da Copa do Brasil, caindo nos pênaltis, diante do Fluminense, clube da Série A. Depois da partida, o próprio técnico Leston Júnior listou o Santa Cruz como um dos fortes candidatos ao acesso à Série B. Mas fez um alerta.

Leston Júnior está preocupado com a maratona de jogos que o Santa Cruz tem pela frente. A contagem começa com a partida da última quinta-feira, contra o Fluminense. Até o confronto contra o Botafogo-PB, pela Série C, serão cinco embates, em 18 dias. No meio disso, o Santa Cruz pega o Fortaleza, pela semifinal da Copa do Nordeste, em encontro único, no Castelão. Essa partida decisiva está marcada para o dia nove de maio.

- Vamos fazer cinco jogos em 18 dias, contando com o do Fluminense. Então vamos, de novo, para uma maratona. Fluminense, Treze-PB, Ferroviário-CE, Fortaleza (Copa do Nordeste) e Botafogo-PB. Temos de ter o entendimento que vão ter dias que vamos ser brilhantes. E em outros, não. Quando a gente perder e jogar mal, temos de saber que podemos melhorar. E quando ganharmos, também temos de pensar do mesmo jeito - disse o treinador.

Do Globo Esporte.com/pe

ABC faz jogo seguro, vence Náutico e estreia bem na Série C.

Vitória pra se recuperar e começar bem

Os dois times se encontravam após derrotas a certo ponto traumáticas nas finais de seus estaduais - o ABC perdeu o título com um gol no último minuto e o Náutico foi derrotado nos pênaltis. E o Alvinegro soube se sair melhor e mostrar forças nessa recuperação, agora numa nova competição.

Na estreia das duas equipes na Série C, o time de Natal venceu o Náutico por 2 a 0 em jogo que criou as melhores oportunidades, apesar de não ter dominado o confronto. Os gols da partida foram marcados por Anderson, no primeiro tempo, e Rodrigo Rodrigues, na segunda etapa. O Timbu pouco ofereceu perigo - e só foi exigir uma defesa de Saulo depois dos 30 minutos do segundo tempo.

Primeiro tempo

Depois de perder o título do Campeonato Potiguar no meio de semana, o ABC mostrou disposição para não deixar a crise se instalar no clube. E começou pressionando na partida. Logo aos 7 minutos, Anderson Rosa chutou de fora de área e Bruno fez a defesa. Na sobra, Anderson finalizou e Bruno fez uma defesaça para salvar. Aos 24, Anderson Rosa encontrou Anderson após tabela e o atacante teve a tranquilidade para marcar o primeiro do jogo. Anderson Rosa, que fez sua estréia pelo clube na partida, ainda perdeu uma chance cara a cara com o goleiro após roubada de bola de Guedes no meio de campo. Luan também chegou cara a cara e fez Bruno trabalhar após tentar toque por cobertura. O Náutico melhorou nos 10 minutos finais, em cabeçada perigosa de Robinho e chute de Hereda - ambos pra fora.

Segundo tempo

O Náutico voltou com mais intensidade e o ABC passou a esperar o time pernambucano no segundo tempo. Apesar de mais posse, o Timbu não conseguiu assustar. O lance de mais perigoso foi uma falta cobrada por Wallace Pernambucano, por cima do gol. O ABC, que se arriscava menos, conseguiu balançar as redes pela segunda vez após corte errado de Assis, que deixou Rodrigo Rodrigues na cara do gol. O camisa 9 do Alvinegro só teve o trabalho de tirar do goleiro Bruno para balançar as redes. O Náutico só foi fazer o goleiro Saulo trabalhar aos 33 minutos do segundo tempo em um chute forte de Assis, em cobranca de falta, que exigiu excelente defesa do arqueiro abecedista. Na sequência, Wallace Pernambucano cabeceou para outra defesa de Saulo, dessa vez mais tranquila.

Como fica?

Com os resultados desta primeira rodada, o ABC assumiu a liderança do Grupo A, ao lado de Imperatriz e Sampaio Corrêa, que também venceram por 2 a 0. Dessa forma, o Náutico também divide as últimas posições com Globo FC e Confiança - todos derrotados por esse placar. A rodada termina na segunda-feira, com o duelo entre Santa Cruz e Treze.

Próximos jogos

O Náutico volta a entrar em campo no sábado (4), quando encara o Imperatriz no estádio dos Aflitos, em Recife. Já o ABC viaja até Campina Grande para encarar o Treze no domingo (5) no estádio Amigão. Os dois jogos são validos pela segunda rodada do Grupo A da Série C.

Anderson Rosa

O meia de 26 anos, contratado da Cabofriense, deu outra dinâmica ao meio de campo do ABC nesta partida. Foi dele a assistência para o gol de Anderson no lance do primeiro tempo, em que foi o homem das ações de criação da equipe. Depois de sentir falta de um meia armador nos primeiros meses do ano, o Alvinegro teve em Anderson Rosa um jogador que vestiu a camisa 10 com autoridade na sua estréia.

Começo ruim do Timbu

Tudo que o Náutico queria era começar bem na Série C deste ano. Primeiro, para afastar logo a perda do título estadual para o Sport. Segundo, para não repetir o ano passado, quando chegou a ocupar a zona de rebaixamento da Terceirona no início da competição. Mas não ofi possível. Em uma partida em que demorou a criar chances de gol, o Timbu estreou no Brasileirao com derrota.

Público e renda

Público: 1.976 presentes

Renda: R$ 25.030

Do Globo Esporte.com/pe

Sport joga mal e cede empate no último minuto ao Oeste, na Ilha, em estreia na Série B.

Com um time bem modificado com relação ao que se sagrou campeão pernambucano no último domingo, contra o Náutico, o Sport não fez uma boa partida em sua estreia na Série B. Mas esteve com a vitória nas mãos até o último lance da partida. Após sair na frente com o artilheiro Hernane, o Leão cedeu o empate por 1 a 1 aos 48 minutos do segundo tempo e inicia a sua caminhada para tentar retornar à elite do futebol nacional com um tropeço na Ilha do Retiro.

Agora, o Leão terá um intervalo de dez dias até o segundo compromisso na competição, quando enfrentará o Bragantino, no dia 6 de maio, no seu primeiro compromisso como visitante. A equipe paulista estreou com vitória ao fazer 1 a 0 sobre o Brasil de Pelotas, fora de casa.

O jogo

Para a partida, o técnico Guto Ferreira não pôde contar com quatro titulares do título pernambucano. No caso, os laterais Norberto e Sander, além dos atacante Luan e Guilherme. Todos com problemas físicos. E entre os substitutos, a principal novidade ficou por conta do meia Sammir, que pela primeira vez iniciou uma partida como titular pelo Sport.

E as mudanças foram negativas para a equipe. Com Allison Farias e, principalmente Sammir, o Sport perdeu muito da velocidade e dinâmica no ataque, que possuia com Guilherme e Luan.

Além disso, a grande quantidade de erros de passes também minaram a força ofensiva da equipe. E diante de um adversário fraco tecnicamente e que procurou se arriscar pouco, o primeiro tempo foi de dar sono na Ilha.

Para se ter uma ideia, o Sport teve apenas uma chance em toda etapa. Na única vez que conseguiu articular uma boa troca de passe, aos 14 minutos, Hernane girou em cima do marcador, mas chutou travado.

Já o time paulista, aos poucos, foi ganhando um pouco mais de ousadia e terminou o primeiro tempo ligeiramente melhor. Aos 36, após boa jogada do experiente Mazinho, a bola sobrou livre para o atacante Fábio, que chutou para fora.

Segundo tempo

Na volta para o segundo tempo, Guto Ferreira fez duas mudanças esperadas, sacando Sammir e Alisson Farias para as entradas de Leandrinho e Juninho, respectivamente. A intenção era recuperar a dinâmica ofensiva da equipe e a rapidez na troca de passes.

Porém, a primeira chance foi do Oeste, com Bruno Lopes obrigando Mailson a se esticar para fazer boa defesa logo aos dois minutos. Mas a resposta do Sport foi fatal. Aos sete, após boa jogada individual e cruzamento de Ezequiel dentro da área, Hernane passou por trás do zagueiro e em condição legal empurrou para as redes. Gol de centroavante.

O gol ajudou a destravar ainda mais o ataque do Sport, que finalmente passou a chegar com mais facilidade à defesa do Oeste e obrigar o goleiro Matheus Cavichioli a trabalhar. Duas vezes em finalizações de Juninho e outra em chute forte de fora da área do Brocador. Tudo isso antes dos 20 minutos.

Com o passar do tempo e diante de um adversário limitadíssimo, o Sport passou a administrar a vantagem. Mas quando a vitória já estava nas mãos, acabou castigado no último lance, com o Oeste arrancando o empate com Bruno Paraíba se antecipando a Adryelson e mandando para as redes de Mailson. Primeiro tropeço do Leão.

Ficha do jogo

Sport 1

Mailson; Raul Prata, Adryelson, Rafael Thyere e Guilherme Lazaroni; Charles, Ronaldo (João Igor) e Sammir (Leandrinho); Ezequiel, Hernane e Alisson Farias (Juninho). Técnico: Guto Ferreira.

Oeste 1

Matheus Cavichioli; Wallace Bonilha, Kanu, Maracas e Alyson; Lídio, Betinho (Élvis) e Mazinho; Bruno Lopes (Guilherme), Fábio (Bruno Paraíba) e Roberto. Técnico: Renan Freitas

Local: Ilha do Retiro

Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (MG)

Assistentes: Marcyano da Silva Vicente e Fernanda Nândrea Gomes (ambos de MG)

Gols: Hernane, aos 7 min e Bruno Paraíba, aos 48 min do 2º

Cartões amarelos: Rafael Thyere, Leandrinho, Raul Prata (S), Alyson, Betinho (O)

Público: 6.492

Drama na família e conversas em particular: Augusto destrincha a volta por cima.

Nenhum jogador do atual elenco do Santa Cruz conviveu com tantas críticas como Augusto. Afinal, ninguém está há mais tempo que ele no clube - o atacante vive a terceira temporada. Contratado em 2017 com um vínculo de três anos com o Tricolor, ele foi massacrado várias vezes pela torcida. Vaiado, xingado. Mas agora vive outro momento. Na vitória de 2 a 0 sobre o Fluminense, pela quarta fase da Copa do Brasil, saiu aplaudido. E pelo terceiro jogo seguido no Arruda. É outra realidade. E a volta por cima foi dada dentro e fora de campo.

Drama pessoal

Augusto ilustrou o momento de superação com um episódio que o fez reunir forças fora de campo. A mãe do atacante passou mal, foi hospitalizada e nos primeiros exames, havia a suspeita de uma elevação de CA-125 (marcador tumoral) nos ovários. Podia ser câncer. E ele soube tudo um dia antes de viajar para mais um jogo com o Santa Cruz.

- Na minha vida, sempre cresci muito nos momentos de dificuldades. Eu vinha sendo criticado, mas procurando evoluir. Como eu disse: na minha vida tive momentos difíceis, inclusive esse ano. Ninguém soube, é a primeira vez que vou falar sobre esse assunto. Um dia antes da viagem para o jogo contra o Ceará (derrota de 2 a 1 na Copa do Nordeste), minha mãe passou mal, foi para o hospital e o médico constatou que ela tinha um tumor no ovário. E ele tinha de tirar esse tumor junto com o ovário. Ia ser feito uma biópsia e tudo indicava que ela estava com CA. E foi muito difícil para mim.

Augusto não contou a ninguém. Guardou a dor com ele e procurou superar. Poucos dias depois, o alívio.

- Logicamente não falei nada para ninguém, guardei para mim. Fui para lá (Ceará), joguei e tirei desse episódio uma força a mais para que eu pudesse lutar pela minha família, por ela, pelo meu filho. E aí eu fiquei um pouco abatido, sem saber... mas com 15 ou 20 dias depois, veio a notícia de que não era CA. Era uma tuberculose. Ela está melhor, se tratando com remédios e é isso. Depois desse baque que eu sofri, eu procurei levar isso como incentivo e acho que foi um fator importante para que eu desse a volta por cima.

Conversas particulares com Leston Júnior

Houve uma tentativa de resgate do futebol do jogador assim que Leston Júnior chegou. O treinador arregaçou as mangas e sempre esteve disposto a trabalhar pelo jogador fora de campo, recuperando a confiança do atleta. Na pré-temporada, Augusto foi titular. Começou o ano como titular. Mas, mais uma vez, caiu de produção.

- Leston é um treinador inteligente. Assim que ele chegou, me chamou na sala dele e conversou comigo. Falou sobre meus pontos fortes, no que eu precisava melhorar e disse que ia me ajudar a dar a volta por cima. No início ali não deu muito certo, aí ele me chamou novamente, a gente conversou e acertamos que era o momento de eu sair um pouco de cena. E retornar mais à frente. Deu certo e a gente conseguiu reverter isso. Quero fazer boas partidas e gols, que é o que está faltando.

É sob o comando do atual treinador que ele atravessa sua melhor fase. Augusto não titubeou em falar da qualidade que enxerga no comandante do Santa.

- Se ele é o melhor que eu peguei aqui? É um dos melhores. O trabalho é bem feito e vocês podem analisar os resultados, o desempenho, não precisa eu estar falando. Mas, sem dúvida, ele é um dos melhores que eu tive aqui no Santa.

Negociação frustrada

Em fevereiro, Augusto quase deixou o Santa Cruz. Tinha em mãos uma proposta do Botafogo-SP e chegou a ficar fora da lista de relacionados da derrota de 3 a 0 para o Vitória-PE. Mas as negociações, que estavam avançadas, não foram consolidadas. Ali, ele estava disposto a sair.

- Naquele momento, sim. Eu vinha sendo criticado, não vinha com boas atuações e quando veio a proposta, eu sentei com meu empresário e a gente optou por sair para tentar mudar de ares para minha autoestima levantar, o meu futebol melhorar... mas não aconteceu e as coisas aqui mudaram muito rápido. Futebol é assim, tudo muito rápido. Hoje você está em baixo e amanhã, em cima. O que não pode é deixar de trabalhar, acreditar e sonhar.

Melhor momento?

Na visão do atacante, este é seu melhor momento no Santa. Inclusive, para ele, o nível de desempenho já é melhor do que na época do Campinense - em 2017, ele chamou a atenção não só do Santa, mas do Sport e do Náutico.

- Sim, sem dúvida. A sequência e a confiança, que voltou. Eu fiz um trabalho específico de fortalecimento muscular e não tenho mais lesões como no ano passado. Acho que isso influenciou para esse momento que estou vivendo. Acredito que eu já voltei a ser aquele Augusto. Acho que estou com atuações melhores que as de lá. Consegui voltar a ser o Augusto do Campinense e agora eu tenho que manter isso, treinar forte para manter esse desempenho até o final da competição.

Por Daniel Gomes — Recife

Márcio Goiano vê Náutico como uma das grandes forças da Série C; Veja coletiva.

O Náutico começa a Série C neste domingo, às 18h, contra o ABC-RN. Para o treinador Márcio Goiano, o Náutico tem status de favorito para o acesso à segunda divisão. Mas ele alerta que essa condição não vale nada se não for confirmada dentro de campo.

- Se a gente for fazer uma enquete, com certeza o Náutico vai ser colocado entre os quatro ou até apontado como uma das equipes prováveis que vai subir. Mas é dentro de campo que a gente tem que fazer nosso trabalho. Mostrar para os atletas como o adversário joga, nos preparar bem. É isso que a gente tem que procurar focar - disse.

O treinador prega que o início tem que ser forte - ao contrário do que aconteceu no ano passado.

- O ano passado ilustra bem isso. Começamos mal e tivemos que recuperar. É estudar bem tudo o que vamos encontrar na competição. No segundo turno, muda muito. É estar pronto e focar sempre no objetivo principal, que é a classificação.

Neste domingo, é claro que o técnico quer a vitória para o Náutico contra o ABC. Mas ele espera dificuldade - e até admite que um empate não é mau negócio.

- Já iniciamos contra uma grande equipe. Conheço o treinador (Ranielle Ribeiro) e todo o staff. São bons profissionais. Eles também vêm buscando a manutenção de alguns atletas. O ABC tem uma equipe competitiva, deve brigar pela classificação. Sempre com o pensamento de pontuar. São dois jogos, um lá e outro aqui, o mais importante é somar pontos fora e os de casa. Se a cada confronto que a gente tiver, somarmos qautro pontos, estaremos três na frente desse adversário específico.

Por Rômulo Alcoforado — Recife