quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Mirando recordes e manter 100% no Paulistão, Palmeiras recebe o Linense no Allianz

Engana-se quem acredita que a partida entre Palmeiras e Linense, nesta quinta-feira, às 21h, no Allianz Parque, não vale grande coisa por ser apenas a sétima rodada do Campeonato Paulista. Do lado alviverde, a equipe de Roger Machado luta para manter os 100% de aproveitamento na competição, e por recordes pessoais do treinador e do goleiro Jailson. Já o time visitante tenta escapar do rebaixamento à Série A2 do Estadual.
Se vencer o duelo contra o Elefante, Roger Machado irá igualar marcas de Filpo Nuñez e Vanderlei Luxemburgo. O primeiro comandou a primeira Academia do clube, nos anos 1960, e, em sua terceira passagem, em 1978, conquistou o melhor início de trabalho de um treinador na história do Palmeiras, com sete vitórias consecutivas.
Já Luxemburgo defende o melhor começo do Verão em um Campeonato Paulista neste século. Foram sete vitórias consecutivas em 2009 (os casos são diferentes porque Luxa não estava em um início de trabalho).
“A gente sempre espera começar bem, para poder ter confiança para desenvolver o trabalho. Fico lisonjeado, mas sei muito bem onde estou pisando. Faz 25 anos que estou no futebol, sei que se tivermos dois tropeços, tudo que foi tido como vantagem até esse momento, até mesmo o fato de manter base, vai ser desconstruído. Sei que para virar o jogo é muito fácil. Não me iludo com tudo isso. Se o recorde for batido, ótimo, senão vamos seguir dentro do que estamos trabalhando”, afirmou o comandante.
Um triunfo nesta quinta, ou até mesmo um empate, também dará uma marca importante ao goleiro Jailson. O atual camisa 42 chegaria à sua 28º atuação sem saber o que é perder, igualando Emerson Leão, que entre 06/10/1974 e 12/03/1975 permaneceu por 28 jogos sem ser derrotado no arco palestrino – esta é a quarta maior sequência invicta dentre goleiros.
As outras três pertencem a Velloso (29 jogos invictos entre 23/01/1996 e 07/05/1996), novamente Leão (34 jogos entre 04/04/1973 e 18/11/1973) e, outra vez, o próprio Leão (42 jogos entre 05/12/1971 e 07/09/1972).
A formação alviverde que tentará alcançar os feitos ainda é um mistério. Roger Machado afirmou que poderá fazer mudanças pontuais na escalação do Palmeiras e confirmou apenas a presença de Michel Bastos como titular da lateral-esquerda.
Se o Palmeiras faz campanha tranquila e com 100% de aproveitamento, o Linense está longe de poder relaxar neste início de ano. Com apenas quatro pontos, a equipe é a lanterna do Grupo A e o pior time da competição ao lado do São Caetano, último do Grupo B.
PALMEIRAS X LINENSE
PALMEIRAS
Jailson; Marcos Rocha, Antônio Carlos, Thiago Martins e Michel Bastos; Felipe Melo; Willian (Keno), Lucas Lima (Gustavo Scarpa), Tchê Tchê e Dudu; Borja (Guerra)
Técnico: Roger Machado
LINENSE
Vitor Golas; Reginaldo, Adalberto, Leandro Silva e Eduardo; Kauê, Murilo, Bileu e Giovane Confreste; Ytalo e Marcão
Técnico: Márcio Fernandes
Local: Estádio Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Data: 15 de fevereiro, quinta-feira
Horário: 21h (de Brasília)
Árbitro: Lucas Canetto Bellote (SP)
Assistentes: Fabio Rogerio Baesteiro e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (SP)

Em Maceió, São Paulo enfrenta CSA por uma vaga na próxima fase da Copa do Brasil

Sem poder contar com Petros, suspenso, o São Paulo terá o volante Hudson como titular pela primeira vez na temporada. O jogador fez uma ótima campanha pelo Cruzeiro no ano passado, mas acabou não ficando no clube mineiro após o fim do seu empréstimo. Agora terá chance de mostrar serviço nesta quinta-feira contra o CSA, às 21h30 (de Brasília), no estádio Rei Pelé, em Maceió, pela segunda fase da Copa do Brasil.
Apesar do favoritismo tricolor, mesmo a partida sendo fora de casa, o time do Morumbi prega respeito. A história mostra que o São Paulo nunca perdeu para o CSA em seis partidas disputadas - três vitórias e três empates. Só que um resultado igual no placar leva a decisão da vaga para os pênaltis.
Nesta quarta-feira, o time foi recebido com festa na capital de Alagoas, mas os jogadores não querem entrar no clima festivo da torcida. "É muito bom ser recebido desta maneira porque mostra que o torcedor está ao nosso lado para este jogo decisivo. Será uma partida difícil e com o apoio do nosso torcedor vamos com tudo para decidir a vaga. Uma recepção como esta mostra força da torcida são-paulina em todos os cantos do país", disse o atacante Marcos Guilherme.
Para o lateral-esquerdo Reinaldo, a partida terá um gostinho especial porque ele é alagoano de Porto Calvo, cidade que fica a 96 quilômetros de Maceió, no litoral norte do Estado. O jogador atuará diante de uma torcida particular, tanto que pretende usar cerca de 50 ingressos para ter uma caravana de sua cidade no estádio Rei Pelé.
"Meus familiares estarão lá torcendo pela classificação do São Paulo. Jogar lá vai ser um momento incrível. Tudo tem o momento certo na vida. Espero que os torcedores são-paulinos da região compareçam para dar força", afirmou o jogador, que será titular da equipe e espera ter uma boa temporada no clube.

Justiça Federal do RS condena Corinthians a devolver R$ 400 milhões à Caixa

Uma ação popular ajuizada em 2013 por um advogado gaúcho, que questionava a legalidade do financiamento do Itaquerão e pleiteava a nulidade do repasse de verbas públicas para a construção da estádio do clube em Itaquera, na zona leste de São Paulo, foi julgada procedente pela Justiça Federal do Rio Grande do Sul. Em sentença proferida pela 3.ª Vara Federal de Porto Alegre, a juíza federal Maria Isabel Pezzi Klein determinou o ressarcimento de R$ 400 milhões da empresa SPE Arena Itaquera S/A, captados junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - o ressarcimento deve ser feito à Caixa Econômica Federal (CEF). O Corinthians ainda não se manifestou sobre o assunto.
"Um repasse milionário de dinheiro público, captado por uma empresa privada especialmente criada para este fim e com capital social no valor de R$ 1 mil, embasado em garantias incertas e que beneficiou, além de um time de futebol, uma construtora contratada sem licitação", resume a Justiça Federal do Rio Grande do Sul.
De acordo com Justiça Federal gaúcha, o autor da ação afirma que teria sido criada, em 2009, "uma linha de crédito do BNDES no valor total de R$ 4,8 bilhões para a construção e reforma de estádios da Copa de 2014. Os repasses seriam realizados por meio do Banco do Brasil. Onze projetos teriam sido aprovados, com exceção do que envolvia a Arena Itaquera. A negativa teria ocorrido em razão da ausência das garantias exigidas".
Ainda segundo o advogado gaúcho, a Caixa, entretanto, "teria aceitado financiar o projeto do estádio corintiano, assumindo os riscos da contratação como agente financeiro repassador".
Para o advogado que ingressou com a ação, o negócio fechado em 2013 - quase três anos após o fim do prazo inicialmente previsto para as contratações - seria lesivo ao patrimônio público. Sob a sua ótica, a decisão do banco público teria sido tomada sob influência política, já que teria ocorrido fora do prazo previsto, por agente financeiro que não era o inicialmente autorizado e sem a exigência de sólidas garantias de que o empréstimo seria pago.
DEFESAS
De acordo com o judiciário federal de Porto Alegre, em suas defesas, “Caixa Econômica Federal (CEF), Sport Club Corinthians Paulista, Construtora Norberto Odebrecht S/A, Sociedade de Propósito Específico Arena Itaquera S/A e Jorge Fontes Hereda (presidente do banco público na época da assinatura do contrato) defenderam a regularidade da transação. Afirmaram a existência de garantias suficientes à satisfação do crédito e que a dívida, então de R$ 475 milhões, estaria sendo renegociada com base em receitas futuras. Alegaram, ainda, que o Tribunal de Contas da União (TCU) já teria analisado e aprovado a contratação”.
Durante a tramitação processual, a magistrada requereu uma série de documentos aos réus e a órgãos como o TCU e o Ministério Público Federal, que acompanhou o processo. “Oportuno enfatizar que não se espera do Autor Popular, quando protocola sua inicial, a juntada de um acervo probatório tão consistente quanto o que se exige nas demais ações reguladas pelo Código de Processo Civil. Até porque o cidadão, via de regra, não tem chances reais de acessar a documentação pertinente. Foi o que aconteceu, neste caso, em que o pedido de informações feito pelo Autor Popular, perante a CEF, sequer obteve resposta”, esclareceu.
Em relação ao caso específico do Itaquerão, a magistrada chamou a atenção para o fato de o empréstimo de R$ 400 milhões ter sido concedido a uma empresa - SPE Arena Itaquera S.A. - cujo capital social estimado, na época, era de R$ 1 mil. Segundo informações prestadas pelo TCU, inicialmente orçado em R$ 899 milhões, o valor total do projeto ultrapassou R$ 1,2 bilhões.
No processo, a juíza considerou que o “modelo de negócios foi baseado em expectativas”, disse que chama a atenção a “ausência de licitação”, ainda afirma que a “transferência de recursos foi ofensiva aos princípios, valores e regras elementares do Direito Público, causando prejuízos decorrentes do mau uso de recursos públicos federais”.
Maria Isabel Pezzi Klein determinou a aplicação da cláusula contratual que prevê o vencimento antecipado da dívida, condenando a Construtora Norberto Odebrecht S/A, o ex-presidente da CEF Jorge Fontes Hereda, a SPE Arena Itaquera S/A e Sport Club Corinthians Paulista ao pagamento solidário do valor consolidado do débito, em favor da CEF. O prazo fixado foi de dez dias após a certificação do trânsito em julgado da ação. Cabe recurso ao TRF-4.

Central é eficiente, goleia o Coruripe e vence a primeira na Série D.

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