domingo, 29 de julho de 2018

Mal no Arruda, Santa Cruz mira se livrar de "pressão reversa".

O Arruda sempre significou uma força extra para o Santa Cruz nas competições. Nesta Série C, no entanto, estádio e time ainda não se encontraram da forma como costumavam fazer. Dos sete jogos que disputou no Recife, o Tricolor venceu três. Ainda esteve na iminência de ganhar outros dois, mas levou a virada e o empate na segunda etapa. Por isso, registra um aproveitamento de 52%. Apensa para efeito de comparação, quando conquistou o acesso para a Série B em 2013 - ano em que sagrou-se campeão -, o Tricolor tinha 82% de aproveitamento em casa.
Para o técnico Roberto Fernandes, problema está em saber lidar com a pressão dos adversários.
- O Santa ainda tem um pouco de dificuldade de jogar em casa. Muitas vezes, talvez, para fazer como diz o velho Luxa (técnico Vanderlei Luxemburgo), "às vezes, o medo de perder tira a vontade de ganhar". E o Santa Cruz é pressionado exatamente quando está ganhando o jogo em casa. Que é o momento de você controlar o jogo - afirmou o comandante.
Quando abriu o placar no Arruda, no entanto, - como relata o técnico - o Tricolor terminou com o resultado "negativo" apenas uma vez. No empate por 1 a 1 com o Globo-RN, pela 14ª rodada, saiu na frente com Pipico aos 80 minutos de jogo, mas viu o adversário igualar o placar nos acréscimos.
Poderia ter passado por situação semelhante ainda na 2ª rodada, quando levou o empate após abrir o placar sobre o Atlético-AC. Mas o Tricolor conseguiu reagir para construir a vitória por 3 a 1 no fim da partida. Única vez que o Santa Cruz conseguiu reverter um placar em casa.
Quatro jogos depois, teve uma oportunidade de reeditar o desempenho, mas perdeu para o Botafogo-PB por 3 a 2, pela 6ª rodada. Na ocasião, o Tricolor saiu atrás, conseguiu empatar e virar o jogo, mas levou outra virada no fim do segundo tempo.
A dificuldade do Santa Cruz em controlar o jogo fica explícita por meio dos placares, mas pode ser exemplificada em situações que não condizem totalmente com o resultado da partida. Quando venceu o Remo por 2 a 0, pela 13ª rodada, a equipe ficou perto de assistir ao adversário diminuir a vantagem por mais de uma vez na segunda etapa do confronto.
São pontos que não voltarão, mas que podem servir de aprendizado para o Tricolor nesta reta final.
- Desde o jogo do ABC que jogamos jogo a jogo, como se cada jogo fosse o último. Tem que esquecer essa questão de cálculo. Nessa Série C estou calejado, a gente conhece bem racionalmente essa reta final. O Grupo B já se definiu há bastante tempo, mas nosso grupo ninguém ainda tem a vantagem de poder deitar em berço esplêndido - disse o técnico.
Por GloboEsporte.com, Recife

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