domingo, 26 de agosto de 2018

Para deixar a Série C no passado, Santa Cruz joga por empate contra Operário-PR por acesso.

Não é digno da história do Santa Cruz estar na Série C. Não é condizente com o tamanho da torcida, do estádio. Com a tradição do clube. Porém, de 2008 para cá, foi esta a divisão do Campeonato Brasileiro que o Tricolor mais disputou. Mais do que as Séries B e D, onde esteve por três anos, e que a elite nacional, onde passeou por uma vez, em 2016. Para voltar a pensar grande e evitar a quinta participação na Terceirona da história, o Tricolor tem pela frente o jogo mais importante do ano. Às 15h deste domingo, o Mais Querido enfrenta o Operário-PR, no estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa. A um empate do acesso. Por um empate para deixar a Série C no passado. E, de preferência, não voltar nunca mais.
O Tricolor jogou a Terceira Divisão em 2008, 2012, 2013 e nesta temporada. Na última vez em que esteve na competição atual, terminou o ano com o título de campeão. “Hoje em dia, você pode ter a maior tradição do planeta, maior torcida, a camisa mais tradicional. Se você não tiver estrutura de trabalho compatível com a exigência atual, qualquer time está sujeito à queda”, alertou Roberto Fernandes. “Mas vamos em busca desse acesso, antes de tudo”, acrescentou.
Apesar de ter no currículo mais de 20 clube somados em quase duas décadas de carreira, o treinador coral jamais conseguiu a façanha de conquistar um acesso de divisão nacional. "De Brasileiro, não tenho. Até porque das vezes que briguei pelo acesso foi na Série B, onde não tem mata-mata. De mata-mata, só conquistei acesso no Campeonato Paulista. Pela primeira vez na Série C que chego com essa possibilidade", disse.
“De todos os jogos dessa briga pelo acesso, nenhum tem mais cara de acesso na Série C que esse. Náutico vai jogar na Arena, o Botafogo-SP em um estádio amplo… Nós vamos para um alçapão, que favorece choque, catimba e lembrando que o Operário não se limita a isso, é tecnicamente uma equipe muito boa, de bons jogadores, que considero ter pelo menos o mesmo nível do Santa Cruz”, alertou o técnico coral.
Diferentemente de Roberto, o elenco tricolor que joga diante do Fantasma - apelido do adversário que soa irônico a um adversário que se viu rodeado pelo “fantasma” do rebaixamento com frequência nos últimos anos - tem alguns jogadores têm acesso pelo próprio Santa Cruz. Casos do zagueiro Danny Morais e dos laterais Allan Vieira e Vítor, que levaram o time à Série A com o vice-campeonato da Série B, em 2015.
“Eles saíram comemorando o placar de 1 a 0 porque era o placar mínimo. A vitória dentro de casa era o que a gente queria, para chegarmos fortes na volta. Estamos cientes que vamos enfrentar uma equipe forte, mas temos totais condições de voltarmos com mais esse acesso", afirmou o experiente Vítor, 36 anos, autor do belo gol de falta que deu a vitória ao Tricolor no último domingo, no Arruda.
O time
A escalação do Santa Cruz para o jogo decisivo contra o Operário é uma interrogação. Guardado a sete chaves por Roberto Fernandes. “São dois aspectos. Se alguém registrar em cartório para que possa estar assegurada a escalação do Operário e me entregá-la, eu devolvo a escalação do Santa Cruz”, disse o treinador. “É uma guerra, jogo decisivo. Vale a vida do Santa Cruz”, acrescentou. Dentre as possibilidades, estão a utilização de uma escalação com três zagueiros ou a entrada do volante Charles, de mais contenção, na vaga de Carlinhos Paraíba.
Operário-PR
Assim como o Santa Cruz, o Operário fechou os treinamentos à imprensa e à torcida desde a última quinta-feira. Mistério do técnico Gerson Gusmão, que terá que realizar pelo menos duas mudanças forçadas na equipe. Suspenso, o atacante Bruno Batata deverá ser substituído pelo experiente Schumacher. Na cabeça de área, Índio está vetado. Erick é o possível substituto. No meio de campo, existe ainda uma disputa entre Xuxa, Cleyton e Robinho por duas vagas. Há ainda a possibilidade de o trio jogar junto. Nesse caso, Lucas Batatinha ficaria no banco.
Ficha do jogo
Operário-PR
Simão; Léo, Alisson, Sosa e Peixoto; Chicão, Erick e Robinho; Lucas Batatinha, Cleyton e Schumacher. Técnico: Gerson Gusmão.
Santa Cruz
Ricardo Ernesto; Vítor; Danny Morais e Allan Vieira; Willian Maranhão, Carlinhos Paraíba (Charles) e Arthur Rezende; Jailson, Robinho e Pipico. Técnico: Roberto Fernandes.
Local: Germano Krüger, em Ponta Grossa.
Data: 26/08/2018.
Horário: 15h.
Árbitro: Raphael Claus (FIFA-SP).
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (FIFA-SP) e Rogerio Pablos Zanardo (SP).
Daniel Leal /Diario de Pernambuco

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