domingo, 26 de agosto de 2018

Sport chega a 11 jogos sem vencer, supera sua pior marca e entra na zona de rebaixamento.

Nunca se viu um Sport tão ruim na história do Campeonato Brasileiro dos pontos corridos. Na noite deste sábado, os rubro-negros voltaram a mostrar uma completa ineficiência ofensiva, aliada a uma assustadora fragilidade defensiva e acabaram derrotados pelo Botafogo por 2 a 0, no estádio Nilton Santos, com vaga para mais. Com o resultado, o Leão chegou a sua 11ª partida seguida sem vitórias (quarta derrota seguida), somando apenas dois pontos nesse período.
Antes, a pior marca do clube havia sido registrada em 2012, quando também ficou 11 jogos sem vencer, mas somando quatro pontos no recorte. Naquele ano, o time acabou rebaixado à Série B. Destino que parece que dificilmente será diferente este ano, caso não haja uma radical mudança no futebol do Sport. A zona de rebaixamento já é algo real, com o time caindo para a 17ª colocação e podendo perder mais uma posição caso o Vitória derrote o Atlético-MG, no Barradão, neste domingo.
O jogo
Com problemas nas laterais, já que não pôde contar com Cláudio Winck e Sander, suspensos, além de Raul Prata, lesionado, o técnico Eduardo Baptista precisou improvisar o meia Gabriel do lado direito e o zagueiro Ernando, no esquerdo. Com isso, o experiente Durval voltou a ser acionado, após mais de dois meses. Para completar as alterações no sistema defensivo, o volante Fellipe Bastos ganhou a vaga de Ferreira no meio de campo.
Com tantas mudanças, a estratégia rubro-negra era bem clara. Se expor o mínimo possível para minimizar os erros. Não foi bem o que aconteceu. Apesar de também mostrar muitas carências, o Botafogo só não desceu para o vestiário no intervalo a frente do placar devido às próprias deficiências. Nesse caso, de finalizações das jogadas.
Foram pelo menos duas chances claríssimas de abrir o placar. A primeira logo aos três minutos, quando o zagueiro Igor Rabello (ex-Náutico), livre na pequena área cabeceou para fora. A segunda, já aos 30, em dois lances seguidos em que Magrão salvou o Sport. Na primeira, defendeu uma finalização de Brenner, também sem marcação dentro da área após falha de cobertura. Na sequência foi mais esperto que o zagueiro Joel Carli.
Além disso, o Sport voltou a apresentar enormes dificuldades em criar jogadas. O suspiro ofensivo vinha com Rogério, de volta ao time após cumprir suspensão. Foi do atacante o único chute de perigo rubro-negro, com a bola cruzando com perigo a meta do jovem goleiro Diego Loureiro, que fazia a sua primeira partida como profissional.
Segundo tempo
Nenhum dos treinadores modificou as suas equipes no retorno para a etapa final. Assim, o cenário da partida também não mudou, com o Sport procurando se arriscar pouco e o Botafogo, mesmo com suas limitações, tomando a iniciativa ofensiva. Aos 11, Léo Valencia obrigou Magrão a fazer nova boa defesa ao chutar sem ser incomodado dentro da área.
De tanto insistir, os donos da casa abriram o placar merecidamente cinco minutos depois, após Luiz Fernando cruzar na área e Joel Carli mais uma vez com extrema liberdade dentro da pequena área, só ter o trabalho de cabecear para a meta vazia.
Logo após o gol, Eduardo Baptista buscou dar nova vida ofensiva ao seu time sacando os apagados Marlone e Morato para as entradas de Michel Bastos e Andrigo. Porém, o único jogador a se salvar no time leonino seguia sendo Magrão. Aos 26, o goleiro cara a cara com Brenner, impediu o segundo do time botafoguense, que seguia jogando fácil. Após perder pelo menos duas chances claras, os cariocas sacramentaram a vitória aos 39 minutos, com Aguirre, sempre com a defesa apenas olhando, tocando fora do alcance de Magrão. Foi fácil.
Ficha do jogo
Botafogo 2
Diego Loureiro; Marcinho, Joel Carli, Igor Rabello e Gílson; Jean, Matheus Fernandes e Léo Valência (João Pedro); Erik, Luís Fernando (Rodrigo Pimpão) e Brenner (Aguirre). Técnico: Zé Ricardo.
Sport 0
Magrão; Gabriel, Ronaldo Alves, Durval e Ernando; Deivid (Rafael Marques), Fellipe Bastos e Marlone (Michel Bastos); Morato (Andrigo), Hernane e Rogério. Técnico: Eduardo Baptista.
Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro
Árbitro: Sávio Pereira Sampaio (DF)
Assistentes: Daniel Henrique da Silva e Ciro Chaban Junqueira (ambos do DF)
Gols: Joel Carli (16 min do 2º) e Aguirre (39 min do 2º)
Cartões amarelos: Dudu Cearense (B) , Deivid e Ronaldo Alves (S)
Público: 6.031
Renda: R$ 43.980
João de Andrade Neto /Superesportes

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