sexta-feira, 14 de abril de 2017

Santa Cruz que cresce na hora certa encara o mais forte dos Salgueiros nas semifinais.

O Santa Cruz é o típico time que cresce na hora certa. Tem sido assim nos Estaduais. Nas cinco vezes que levantou a taça nos atuais moldes do campeonato, com semifinal e final, nunca terminou uma etapa classificatória na liderança, mas se agigantou nos mata-matas até ser campeão. Ainda se encontrando na temporada, a Cobra Coral se classificou em quarto e precisa comprovar que ainda é a equipe de chegada que se acostumou a ser. Por outro lado, terá o Salgueiro como adversário das sêmis. Líder da fase inicial da competição pela primeira vez na história, o Carcará vai às eliminatórias mais forte do que nunca. Às 18h30 deste sábado, no Arruda, os dois fazem o primeiro de dois confrontos que valem vaga na decisão.
Desde o seu primeiro título estadual da década, em 2011, o Santa Cruz só tem conseguido protagonismo nos jogos eliminatórios do Pernambucano. Treinador da equipe à época, o frasista Zé Teodoro popularizou no Arruda a expressão “crescer na hora certa”, prevendo uma melhora do time após início de trabalho pouco animador. Parecia prever também uma série de conquistas do clube que começou com ele e se estendeu até o ano passado. Foram cinco pernambucanos, três acessos e uma Copa do Nordeste a partir de então. Glórias marcadas por arrancadas em momentos decisivos.
Neste ano, a expressão da vez é “comer pelas beiradas”. Sentença repetida exaustivamente pelo técnico Vinícius Eutrópio. Como bom mineiro, o comandante diz que gosta de trabalhar mansamente, sem muito alarde, mas focado nas conquistas. Foi assim que ganhou o seu título mais expressivo como técnico, no Figueirense, em 2014. Terminou a primeira fase do Catarinense também na quarta posição entre dez times que brigavam pelo G4, porém depois liderou o quadrangular do título e acabou batendo o Joinville nas finais.
A filosofia de treinador casa com o histórico recente do Tricolor. Mas o Carcará nunca esteve tão pronto para impedir este crescimento do Tricolor no mata-mata. Em Salgueiro, o otimismo está em alta depois da campanha no hexagonal. “Tem mais confiança, mas isso não determina nada. O Santa foi também o último a se classificar no ano passado e acabou sendo campeão. Em mata-mata você tem que ser muito cirúrgico”, alertou o técnico Evandro Guimarães.
Nem mesmo quando decidiu o título com o Santa Cruz, em 2015, o Salgueiro fez uma primeira fase tão boa. Indo para quinta semifinal de Pernambucano, os jogadores mais antigos do time sertanejo acreditam que o Carcará está mais encorpado e experiente, até se comparado ao time vice-campeão, há dois anos. “Se é melhor, só dá para dizer depois. Mas parte tática da gente é muito mais organizada do que era. Isso é muito visível. A dedicação e atenção que estamos tendo nesses jogos está muito maior que naquele ano (da final)”, disse o lateral direito Marcos Tamandaré.
Como joga o Santa Cruz
A escalação tricolor só será confirmada momentos antes da partida deste sábado. Depois de dois treinos secretos, as dúvidas no Santa Cruz se restringem a três posições. À disposição depois de não atuar por seis jogos, o volante Elicarlos está recuperado de lesão na coxa, já figurou no banco de reservas na partidas passada e agora pode ocupar o posto de Gino. Mesmo caso do meia Léo Costa, que chegou a entrar no segundo tempo do jogo com o Náutico pela última rodada do hexagonal. Caso seja acionado, o armador poderia relegar Pereira à reserva. O atacante André Luís também briga por vaga e disputa a titularidade com Everton Santos. Cincos titulares retornam após cumprirem suspensão, são eles: o goleiro Julio Cesar, o zagueiro Anderson Salles, o lateral esquerdo Tiago Costa, o volante David, além do meia Thomás. Em todo o elenco, a única baixa do treinador Vinícius Eutrópio é o lateral direito reserva Gabriel Vallés, machucado na coxa.
Como joga o Salgueiro
O técnico Evandro Guimarães também tem praticamente todo o seu elenco à disposição para a primeira das duas semifinais com o Santa Cruz. Os desfalques são dois jogadores que já vinham passando por tratamento no departamento médico: o zagueiro Rogério Paraíba e o meia Levi. O primeiro rompeu o ligamento do joelho durante o Pernambucano. O outro fraturou a perna no penúltimo jogo do Estadual, contra o Sport, na Ilha do Retiro. A única dúvida do treinador do Salgueiro para a partida é se inicia com Marcos Tamandaré na lateral direita. Depois de sentir uma lesão muscular também diante do Leão, o veterano pode ser poupado e entrar “só no segundo tempo”, segundo Guimarães. Caso Tamandaré não comece jogando, Toty ocupará o seu lugar.
Santa Cruz
Julio Cesar; Vítor, Anderson Salles, Bruno Silva e Tiago Costa; David, Gino (Elicarlos) e Pereira (Léo Costa); Thomás, Everton Santos (André Luís) e Halef Pitbull. Técnico: Vinícius Eutrópio.
Salgueiro
Mondragón; Toty (Marcos Tamandaré), Ranieri, Eduardo e Daniel Nazaré; Rodolfo Potiguar, Moreilândia Vitor Caicó e Valdeir; Jean Carlos e William Lira. Técnico: Evandro Guimarães.
Local: Arruda (Recife-PE). Horário: 18h30. Árbitro: Deborah Cecília Cruz Correia (PE). Assistentes: Fabrício Leite Sales (PE) e Francisco Chaves Bezerra Junior (PE). Ingressos: R$ 40 (arquibancada inferior), R$ 20 (meia-entrada para arquibancada inferior), R$ 10 (arquibancada superior) e R$ 15 (casadinha para jogo contra o Sport, pela Copa do Nordeste).

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